segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto - Informativo 028 / 2011




Simpósio SARP
36° SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo
  
Dia 16 de setembro de 2011, a partir das 19:00 horas
No MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
Rua Barão do Amazonas, 323, Ribeirão Preto-SP

Evento realizado e organizado pela AAMARP - Associação de Amigos do MARP

Aberto a interessados / Vagas limitadas / Primeiros inscritos
Inscrições antecipadas no MARP
das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas
Informações             (16) 3635 2421       / 3941 0089

Taxa de inscrição: R$ 15,00 – pagamento através da AAMARP
Estudantes e Associados AAMARP que estiverem em dia com suas contribuições: R$ 5,00
Será emitida declaração de participação

A AAMARP realizará a 17ª Feira de Arte / Pequenos Formatos paralela aoSimpósio SARP (obras de arte a venda por até R$ 120,00)
Informações sobre a Feira de Arte / Pequenos Formatos, na AAMARP            (16) 3941 0089      


Programação Simpósio SARP

Dia 16/09

19:00 horas – Café e 17ª Feira de Arte / Pequenos Formatos

20:15 horas – Palestra Últimas fases, o discurso da arte, com Sérgio Romagnolo.
Nesta palestra o artista relata e mostra imagens das últimas fases de seu trabalho plástico, enfatizando o discurso da obra.
Sérgio Romagnolo – (São Paulo SP 1957). Escultor, pintor, desenhista, artista intermídia e professor. Estuda no Colégio Iadê, em São Paulo, entre 1976 e 1977. Em 1980, ingressa no curso de artes plásticas da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Alvares Penteado - Faap, em São Paulo. Entra em contato com a obra de Regina Silveira, Nelson Leirner e Julio Plaza. Entre 1980 e 1984, é professor nas redes pública e privada de ensino. Leciona pintura na Faap entre 1985 e 1986. Nesse ano, realiza sua primeira exposição individual na Galeria Luisa Strina, em São Paulo. No início da década 1990, passa a dedicar-se à escultura e atua como professor em oficinas e workshops. Participa da Bienal Internacional de São Paulo em 1977, 1983, 1987 e 1991. Em 1999, finaliza o mestrado em artes na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, com a dissertação Esculturas: Rugas e Alegorias e, em 2002, conclui o doutorado em artes na mesma instituição, com a tese O Vazio e o Oco na Escultura. Entre 2000 e 2005, leciona na Faculdade Santa Marcelina, São Paulo e a partir de 2007, na Universidade Estadual Paulista - Unesp. 

20:45 horas – Palestra Verticalidade e Espelhamento, com José Spaniol.
Dois tópicos a serem abordados na palestra, onde o artista apresenta uma visão de sua produção artística nos últimos vinte e cinco anos
José Spaniol – Escultor e professor, formou-se em 1983 em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo. Atualmente é professor do Departamento de Artes Plásticas da UNESP. Entre 1985 e 1989 orientou oficinas de pintura e gravura na Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde em 1989 apresenta a exposição individual Pinturas e Objetos. Viveu em Colônia, Alemanha, como bolsista do Deutscher Akademischer Austauch Dienst- DAAD [Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico] entre 1990 e 1993. A produção inicial do artista parte de referências a objetos cotidianos, como portões, balões ou cartazes de rua, e estabelece uma troca entre a função utilitária e a poética. A relação que suas obras estabelecem com a arquitetura e os locais expositivos é um marco da sua produção a partir dos anos 1990. Entre suas exposições mais recentes, realizadas em 2009, estão as individuais na Capela do Morumbi, unidade do Museu da Cidade de São Paulo (São Paulo), no Centro Carpe Diem Arte e Pesquisa do Palácio do Marquês, em Lisboa, e na Galeria 3+1 Arte Contemporânea, também em Lisboa, e as coletivas Coletiva 6x6 Novas Aquisições Prêmio FUNARTE Marcantonio Vilaça, no Espaço Cultural Contemporâneo ECCO (Brasília DF) e Experimentando Espaços, no Museu da Casa Brasileira (São Paulo). Em 2010, participa da coletiva Arte e Espiritualidade no Mosteiro de São Bento, exposição premiada pelo edital Arte e Patrimônio do Ministério da Cultura e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, por intermédio do Paço Imperial com patrocínio da Petrobrás (eleita pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, a Melhor Exposição do ano de 2010). Neste ano também participa da 29ª Bienal de São Paulo, Há sempre um copo de mar para um homem navegar, curadoria de Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos; São Paulo. Em 2011 realiza na sede da FUNARTE no Rio de janeiro (Palácio Gustavo Capanema), a exposição Colunas, contemplada com o Prêmio FUNARTE de Arte Contemporânea. 

Após as palestras, debate com mediação de Nilton Campos (Diretor do MARP).

Formação Continuada

Fotos: Sérgio Nunes






domingo, 4 de setembro de 2011

GRUPO DE ESTUDOS MARP


Informativo 026 / 2011
 

"Uma conversa sobre Louise Bourgeois"
Mediação Nilton Campos (Diretor do MARP)
 
 
Louise Bourgeois (Paris, 25 de Dezembro de 1911 - Nova Iorque, 31 de maio de 2010) foi uma artista plástica conhecida no Brasil por sua escultura Maman, uma enorme aranha que permanece em exposição no MAM-SP, na marquise do Parque Ibirapuera.[1] Fortemente influenciada pelo surrealismo, pelo primitivismo e por escultores modernistas como Alberto Giacometti e Constantin Brancusi[2], seus trabalhos tendem a ser abstratos e altamente simbólicos, e estão presentes em vários espetáculos e coleções permanentes em museus ou galerias pelo mundo fora.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
 
Realizado na primeira terça-feira de cada mês, salvo às exceções, o Grupo de Estudos MARP cumpre um importante papel na formação do público interessado em arte, através dos bate-papos realizados após a apresentação de vídeos, leitura de textos, análise de produções artísticas e outros.

Dia 06/09/2011, terça-feira, às 19:30 horas
No MARP - Museu de Arte de Ribeirão PretoEvento gratuito, aberto a interessados
Informações MARP (16) 3635 2421
 

 
Biografia de Louise Bourgeois

Estuda no Liceu Fénelon, em Paris, e em 1932 ingressa na Sorbonne para cursar matemática. Abandona o curso, passa a freqüentar diversas academias de arte até 1937, entre as quais Ranson, Julian, Calarossi e La Grande Chaumière, e é aluna de André Lhote, Gromaire, Othon Friesz, Paul Colin e Fernand Léger, sendo profundamente influenciada por este último, que revela sua vocação para a escultura. Em 1938 casa-se com o historiador de arte Robert Goldwater e passa a viver nos Estados Unidos, onde freqüenta o Art Students' League no ateliê de Vaclav Uylacil; nesse período é influenciada pelos cubistas, surrealistas e construtivistas. Em 1945 associa-se aos artistas da geração do expressionismo abstrato e a partir de 1946 mantém contato com Le Corbusier, Joan Miró e Yves Tanguy. Entre as exposições de que participa destacam-se The Arts in Therapy, no MoMA, Nova York, 1943; Les Etats Unis Sculpture du Siècle, no Musée Rodin, Paris, 1965; Sculpture American Directions, National Collection of Fine Arts, na Smithsonian Institution, Washington, 1975; Louise Bourgeois, retrospectiva 1947-1984, na Galeria Maeght-Lelong, Paris, 1985; Documenta, Kassel, Alemanha, 1992; Bienal de Veneza, 1993/1994; Bienal de São Paulo, 1996/1998.

"Louise Bourgeois desenvolveu uma lógica das pulsões, importando vincular sua obra aos grandes temas do conhecimento ou da literatura e não aos sistemas da arte. Melhor falar então de um material extraído de recalques e embates da vida como abandono e ira, desejo e agressão, comunicação e inacessibilidade do Outro. No confronto permanente entre pulsões de morte, angústia, medo e as pulsões da vida, a obra de Louise Bourgeois é uma dolorosa e triunfante afirmação da existência iluminada pela libido. Nessa obra biográfica e erotizada, transformar materiais em arte é uma conversão física, não no sentido religioso, mas como a conversão da eletricidade em força. (...) Digamos então que a obra de Louise Bourgeois caminhe pela territorialização de imensidões. São assim o corpo, a casa, a cidade e o desejo. Ou a geometria, a família e a insularidade. Obra antiplatônica, não se satisfaz com o mundo das idéias e conjecturas. Deseja ter um corpo.

Esta arte não despreza a intensa referência ao sujeito. Retira a mulher da zona da sombra da história da arte. E esse sujeito da arte é uma mulher. Depois de Bourgeois, o universo da arte já não será de mulheres no mundo dos homens, nem têm de falar aí a linguagem dos homens, mas tornar presente seu próprio desejo. Moda e roupa são partes de um código identificado com o feminino. (...) A imensa Aranha (...) é trabalho, doação, proteção e previdência. É da potência da teia oferecer-nos acolhida ou enredar-nos como uma presa. 'A domesticidade é muito importante. Eu a acho avassaladora. Como tem de ser prática, paciente e prendada.' A afetuosa memória da maternidade está entremeada em várias esculturas.

Paulo Herkenhoff